Nos dias 21 e 22 de junho realizou-se em Diamantina- MG o
1º Festival de
Apanhadores de Flores de Sempre – Vivas em que participaram comunidades
tradicionais auto-definidas como “apanhadores de flores sempre-vivas” e são
organizadas por comunidades rurais e quilombolas no auto do Espinhaço. O sistema agrícola tradicional
dos apanhadores de flores sempre-vivas foi selecionado para a primeira
candidatura brasileira ao programa de reconhecimento de “Sistemas Importantes
do Patrimônio Agrícola Mundial” – SIPAM (ou GIAHS, na sigla em inglês) da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura – FAO/ONU, no
qual o lançamento público oficial foi na quinta-feira (21/06) com a entrega do
dossiê. Durante os 02 dias de evento, foram realizadas diversas atividades
culturais envolvendo os participantes do evento e comunidade em geral. Foi
promovida feira com exposição de artesanato e gêneros alimentícios das
comunidades. No dia 22 junho (sexta-feira) a Secretaria M. de Cultura, Turismo
e Patrimônio realizou durante o evento, uma ação de educação patrimonial em que participaram nativos de 03 comunidades
de Diamantina: Mata dos Crioulos, Quartel do Indaiá e Vargem do Inhaí.
Entende-se por patrimônio
imaterial as manifestações artísticas populares, os saberes, os fazeres, as
formas de expressões, celebrações, festas e danças populares, músicas, costumes
e outras tradições, compartilhado por gerações (o coletivo), assim o principal objetivo
do Programa Municipal de Educação Patrimonial “De Olho no Patrimônio” com esta ação, era que essas pessoas contassem um pouco das suas vivências em
suas respectivas comunidades valorizando e promovendo a identidade de suas
raízes e expressões culturais de seu povo, dos seus costumes além do apanhar as
sempre – vivas, estas comunidades possuem uma independência natural, passada de
gerações, no que se refere a engenhosidade humana, manejo em suas terras
criando fertilidade, conhecem a diversidade das plantas ornamentais,
alimentares e cultivadas, possuem um auto conhecimento da flora e fauna
extremamente ao seu redor além da junção da agricultura, conhecimento cultural, agrícola
e ambiental, entre os temas do “bate papo”, foi falado sobre a Cultura do
Manejo das Plantas Medicinais nas terras do espinhaço, pelo Sr. Emir de Jesus
(Vargem do Inhaí), história da Chula tradicional, dança presente em nossa
região por mais de século mantida e
preservada por comunidade quilombola de Quartel do Indaiá, como convidadas
participaram as senhoras Ana Afonso ( Miúda), Maira Eugênia e Maria dos Reis
(macarrão), e histórias da época dos tropeiros em Diamantina no Mercado Velho
Senhor Varnirto e sua esposa Maira Ermínia da Mata dos Crioulos no início do
século XX.
Aviso Importante
Prezados leitores,
Informamos que o blog estará temporariamente suspenso durante o período eleitoral. Agradecemos a compreensão.
Atenciosamente,
Diretoria de Patrimônio Cultural
quinta-feira, 28 de junho de 2018
terça-feira, 26 de junho de 2018
CONVITE
Convidamos todos os moradores de Diamantina a participar do
Baú de Memórias:
O projeto BAÚ DE MEMÓRIAS continua e você pode participar.
A diretoria de patrimônio cultural, convida aos cidadãos e
cidadãs de Diamantina que tenham memórias (receitas, fotografias, histórias e
estórias, causos, etc.), (fotografias, vídeos, textos, etc.), sobre a Guarda
Romana, Festa Divino e Bolo de Arroz, que possam compartilhar seus arquivos e
saberes com a Diretoria de Patrimônio Cultural, para que o conhecimento seja
difundido.
O material poderá ser entregue na Diretoria de Patrimônio
Cultural, de segunda a sexta-feira, no horário de 09:00 às 18:00 horas, para
ser fotografado ou escaneado e logo devolvido a quem o apresentar. Quem puder contribuir para contar causos,
historias e estórias, pode agendar horário com o funcionário do setor, através
do telefone 35319537 ou pelo e- mail: patculturalpmd@gmail.com.
Sua participação é muito importante para a memória destas
tradições.
segunda-feira, 18 de junho de 2018
Modo de fazer do Bolo de Arroz
O modo de fazer
do Bolo de Arroz muito representa para a sociedade diamantinense e lhe
configura uma singularidade. A preocupação com a manutenção deste saber
demonstra que ele está enraizado no cotidiano da
sociedade, sendo parte de suas memórias afetivas e de suas referências
histórico-culturais e identitárias. Ainda que este bolo de sabor marcante tenha
menos espaço na dieta dos habitantes de Diamantina nos dias atuais do que já
teve no passado, ele segue vivo em suas memórias e em suas celebrações.
Não é possível
precisar desde quando o bolo é preparado. Evidentemente sua
receita pode ter sido transmitida oralmente por inúmeras gerações, sem que seja
possível obter registros. Algumas pessoas, SECTUR (2014, p.122) disseram ter
ouvido tratar-se de bolo feito desde a época dos escravos ou da época dos
índios.
Outrora vendido antes
da missa da madrugada, era meio de subsistência de muitas famílias. Hoje é
distribuído gratuitamente após a alvorada da Festa do Divino Espirito Santo e
na Festa do Rosário dos Homens Pretos, e elabora sentido às festas junto as
demais ações que se desenvolvem desde a preparação inicial até o momento final,
manifestação que reconhecidamente é parte integrante do patrimônio cultural
local, transmitido por gerações.
Atualmente a confecção
do Bolo de Arroz na cidade de Diamantina, preservando em parte, sua receita
original e os passos de sua confecção, vem sendo realizada pela Ordália, coordenadora
da Vila Educacional de Meninas –VEM, que realizou pesquisa e buscou
conhecimento para sua elaboração.
O Bolo de Arroz é
patrimônio cultural diamantinense. Venha participar conosco das ações de
recriação e fortalecimento deste bem. Conheça mais sobre o Bolo de Arroz de
Diamantina.
Fonte: Secretaria de
Cultura, Turismo e Patrimônio. SECTUR. Dossiê de registro do Bolo de Arroz de
Diamantina. 2014.
terça-feira, 29 de maio de 2018
Alunos das Escolas Estaduais Confeccionam Tapete Devocional no Adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário
No dia 26 de maio (sábado) o adro
da Igreja de Nossa Senhora do Rosário amanheceu movimentada, a Secretaria
Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio, através da Diretoria de Patrimônio
Cultural, realizou com alunos das escolas estaduais de Diamantina a segunda
edição da Oficina de Confecção de Tapetes Devocionais. A intenção dessa ação
patrimonial é promover a
conscientização do diamantinense em relação à produção de tapetes para a
procissão da Semana Santa e de Corpus Christi, principalmente a do
jovem. Essa atividade vem de encontro a premissa de preservação de nosso
patrimônio cultural imaterial, explicitado na oficina, aliada à manifestação da
tradição religiosa da confecção do tapete de rua. A ação teve início às 07:00
da manhã, mesmo com a chuva fina os alunos não deixaram de estar presentes para
confecção dos tapetes.
Após 04 (quatro) horas de
trabalho, o resultado foi a construção de um tapete colorido, em forma de U no
adro da Igreja do Rosário contornando a gameleira. Foram confeccionadas
diversas imagens, entre elas símbolos religiosos. Turistas e demais
diamantinenses pararam para observar o trabalho dos estudantes. Esses ficaram admirados
com o trabalho que estava sendo desenvolvido e satisfeitos com a iniciativa coordenada
pela Secretaria Municipal de Cultura. Estudantes, professores e equipe da
Secretaria Municipal de Cultura não mediram esforços para finalização dos
tapetes.
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Alunos do 5º ano da Escola Municipal Belita Tameirão visitam exposição da Festa do Divino Espírito Santo no Museu do Diamante
No
dia 16 (dezesseis) de maio de 2018, alunos do 5º ano da Escola Municipal Belita
Tameirão visitaram a exposição da Festa do Divino Espírito Santo realizada no
museu do Diamante/IBRAM. A visita ao local de memória coletiva faz parte do
conjunto de ações do projeto de educação patrimonial sobre a festa, trata-se
também de uma ação de Recriação e Salvaguarda do bem. Participaram da visita 55 (cinquenta e cinco)
discentes e seus professores acompanhados pelos professores do Programa
Municipal de Educação Patrimonial “De Olho no Patrimônio”. A visita à exposição
no Museu do Diamante com os alunos foi a segunda etapa do projeto sobre a Festa
do Divino Espírito Santo. Sendo que, a primeira etapa tratava-se de palestra
ministrada por professores da Educação Patrimonial e pela Senhora Geralda
Parísi ex festeira da Festa do Divino. Nessa exposição os alunos puderam
interagir em conhecer um pouco mais da história desta tradicional festa.
Puderam ver os figurinos, fotos e estandartes de diferentes gerações da Festa
do Divino, foram repassados
aos pequenos estudantes folder contendo informações e fotos
sobre a festa, dados históricos, musicalidade, manifestações culturais que
acompanham, etc. É interessante salientar o grau entusiasmo das crianças, isso
ficou explícito nos olhares. As crianças ficaram maravilhadas, possibilitando uma
maior interação sobre a festa, a maioria delas nunca tinham participado ou
visto o cortejo da Festa do Divino. As efetivações dos trabalhos desenvolvidos
pela Diretoria de Patrimônio Cultural, que vem por meio do Programa Municipal
de Educação Patrimonial “De Olho no Patrimônio”, realizar ações, que
proporcionem cada vez mais aos participantes de cada ação a reflexão sobre a
importância da preservação dos Bens Materiais e Imateriais municipais. Dando a
gerações futuras a possibilidade de desfrutar de nosso patrimônio cultural.
Fotos:
Alunos do 5º ano da Escola Municipal Belita Tameirão participam de palestra sobre a Festa do Divino Espírito Santo
No
dia 09 (nove) de maio os professores do Programa Municipal de Educação
Patrimonial “De Olho no Patrimônio”, realizaram
uma ação uma de Educação para o Patrimônio com os alunos do 5º ano da Escola
Municipal Belita Tameirão com o tema sobre o Bem Imaterial Festa do Divino Espírito Santo de Diamantina, que
também faz parte da ação de Recriação e Salvaguarda do bem, participaram da
palestra 55 (cinquenta e cinco) discentes além de seus professores. Para realização
da ação, a equipe da Educação Patrimonial convidou para participar deste
momento junto aos alunos a senhora Geralda Parisini, ex festeira da festa do
Divino Espírito Santo e atual integrante da equipe da Comissão Organizadora
desta festa. A senhora Parisini expôs em palestra ministrada, suas experiências
vivenciadas em Festas anteriores. Foi enfatizado aos alunos a importância da
continuação da Festa do Divino, sendo essa parte do nosso patrimônio imaterial
com mais de 2 (dois) séculos de tradição. Trata-se de uma manifestação católica
de relevância cultural dos diamantinenses. Um dos principais objetivos da
exposição era incentivar educandos e demais participantes a importância e
relevância cultural desse bem imaterial. No decorrer da palestra os professores
apresentaram aos alunos através de imagens projetadas em telão os quadros que
compõe o Império da festa, salientando o sentido religioso desta manifestação,
além das diversas formas de expressão e distintos saberes, entre eles a
distribuição do Bolo de Arroz durante a alvorada da festa que é um Bem
Imaterial registrado em nosso município. Os estudantes também puderam vivenciar
vídeos do cortejo da Festa do Divino Espírito e ainda o vídeo mostrando a Banda
de Música do 3º Batalhão da Policia Militar de Minas Gerais, tocando o dobrado
da festa, manifestações culturais folclóricas: a Marajuda. Portanto, foi nítido
o interesse dos alunos, muitos deles fizeram perguntas sobre a festa, outros
ficaram interessados em participar. A ação de Educação Patrimonial tem como
primazia a preservação de bens culturais, sendo esses carregados de valores que são compartilhados coletivamente. Portanto
é importante desenvolver estas ações junto às novas gerações para que possam se
apropriar das manifestações culturais identificando com seu patrimônio, não
deixando assim que estas tradições se percam com o tempo.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
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