segunda-feira, 27 de julho de 2020

PREFEITURA DE DIAMANTINA INICIA CADASTRAMENTO DAS CASAS DE FARINHA (FUBÁ DE MOINHO D’ÁGUA E MANDIOCA) E DOS APANHADORES DE FLORES SEMPRE-VIVAS

Contamos com a colaboração da comunidade para identificar e cadastrar todos que estão presentes nos nossos distritos e povoados.

Saiba como se cadastrar na imagem.

Realização:
Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio
PREFEITURA MUNICIPAL DE DIAMANTINA

DE OLHO NO PATRIMÔNIO CONCORRE AO PRÊMIO RODRIGO MELO FRANCO DE ANDRADE

O Programa Pedagógico de Educação Patrimonial: De Olho no Patrimônio, foi habilitado para a próxima fase do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo IPHAN desde 1987, em reconhecimento às ações de preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Criado pela Prefeitura Municipal de Diamantina, pela Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio, em parceria com a Secretaria de Educação, o Programa de Olho no Patrimônio avança para a próxima fase de análise das comissões estaduais junto com outras 45 propostas de instituições mineiras.

O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade será atribuído a 12 ações e pagará 20 mil reais para cada uma, como estímulo e forma de reconhecimento ao trabalho.

Divulgação:
Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio
PREFEITURA MUNICIPAL DE DIAMANTINA


sexta-feira, 3 de julho de 2020

QUARTEL DO INDAIA RECEBE MATERIAL PARA DAR INICIO A CERCAMENTO DO CEMITERIO DOS ESCRAVOS, BEM TOMBADO PELO MUNICÍPIO!

Nesta quinta feira, 01 de julho de 2020, funcionários da Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio e Desenvolvimento Urbano e Rural foram a comunidade de Quartel do Indaiá, distrito de São João da Chapada, afim de entregar material para cercamento do Cemitério dos Escravos da comunidade.

Esta é mais uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Diamantina para dar início a ação de proteção das ruínas do Cemitério. Essa obra se faz necessária como medida de impedir depredações ou intervenções indevidas e irregulares no bem cultural de grande importância histórica para o município de Diamantina, que remonta o período Colonial em meados do século XVIII em período de extração do ouro e do diamante, sobretudo relata a formação de comunidade quilombola na região de São João da Chapada.

Esta medida, representa a demarcação territorial e legal para este Bem que é Tombado pelo Município, além da afirmação no processo de valorização do patrimônio por sua comunidade. Esta é mais uma parceria entre Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Rural e Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio para o desenvolvimento de políticas públicas de preservação e conservação dos bens patrimoniais de Diamantina.




ESCOLAS PÚBLICAS DE DIAMANTINA RECEBEM MATERIAL DIDÁTICO SOBRE FOLIAS E PASTORINHAS DO MUNICÍPIO.

Através do Programa Pedagógico de Educação Patrimonial “De Olho no Patrimônio”, a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Superintendência Regional de Ensino, distribuiu para as escolas municipais e estaduais (sede e distritos), VEM e FUMBEM um kit didático contendo "Caixa Livro" e DVD com histórico e vídeo das Folias e Pastorinhas de Diamantina. Este material faz parte do Projeto Viva Santos Reis - Cortejos de Fé que tem entre seus objetivos a divulgação, o fortalecimento e a preservação do bem imaterial de nossa cidade.

É a primeira vez que a Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio produz e distribui um material didático e informativo neste formato para as escolas públicas do município. Esta iniciativa de Educação Patrimonial se deve a preocupação em repassar para os alunos das escolas públicas a importância da manutenção e valorização de nossas tradições, sobretudo as Folias de Reis e Pastorinhas presentes na sede, distritos e povoados. Ao todo foram doados 924 “caixas livros” e 41 DVDs para as bibliotecas das escolas.

Este material irá contribuir para realização de pesquisas dos professores e alunos estimulando-os a observar, identificar e pesquisar o patrimônio cultural imaterial existente em seu território. Será uma importante ferramenta para manter viva a manifestação das Folias e Pastorinhas em que grande parte
tem mais de um século de história.

Estamos De Olho em Nosso Patrimônio”!!!

Realização: Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio
PREFEITURA MUNICIPAL DE DIAMANTINA




Ações Pela Preservação do Cemitério dos Escravos de Mendanha

Foi dado início ao processo para licitação de contratação de empresa para executar a intervenção de recuperação e preservação do CEMITÉRIO DOS ESCRAVOS EM MENDANHA, distrito de Diamantina, bem imóvel tombado pelo município através do Decreto Nº 043 de 12 de abril de 2004.
A demanda do serviço é justificada na necessidade de garantir a integridade física do bem, a revitalização, conservação e preservação, uma ação efetiva do município na salvaguarda de bem patrimonial tombado.
O Cemitério dos Escravos de Mendanha é um marco da época de riquezas do Brasil relacionada a atividade de mineração, assim como da própria presença africana neste solo. Estas referências significam para a população do distrito, um ponto de identidade na construção da rede de poder político, social e econômico da história do Brasil, ligando-o à uma história de cunho nacional, no qual, é inegável a sua participação.
Cabe ainda justificar que esta é uma ação de preservação e conservação do bem, alinhada a uma política pública municipal, que se fortaleceu no distrito, através do programa de educação patrimonial, que fortaleceu a postura dos moradores como guardiães do patrimônio.


Vista geral do Conjunto Paisagístico Cemitério dos Escravos em Mendanha.
Autoria: ZéLeo – Data: 17/07/2019



Vista do Conjunto Paisagístico Cemitério dos Escravos em Mendanha.
Autoria: ZéLeo – Data: 17/07/2019

SAPO SECO É BOM, BOM, BOM, BOM, BOM! RECORDAR É BOM, BOM, BOM DEMAIS!



 Neste mês de junho vamos relembrar momentos e algumas figuras que marcaram a história desta Banda Fogosa e centenária que faz parte da memória e da tradição de Diamantina.

Paulo Clementino da Silva conhecido como Paulo Soim, integrante da banda desde a década de 1930 aproximadamente, era um artista formidável da cidade de Diamantina. Em relatos orais colhidos, todos os entrevistados relembram de suas peripécias com muita admiração.
Conforme a oralidade, ele foi uma peça fundamental para a Banda do Sapo Seco assim como Carlos Adriano Botelho Neves, conhecido como Ratin, que desde 1993 participa dos desfiles no domingo e na terça de carnaval fantasiado de personalidades importantes e de figuras caricatas de Diamantina. Tornou-se um dos personagens mais esperados da banda.
Carlos Homero, integrante e ex-presidente da Banda do Sapo Seco relata que:
O Ratin é inovador! Eu chamo ele de Paulo Soim Mirim. Ele inovou a banda com fantasias diferentes, criou muita coisa na banda. Cada ano ele homenageia uma personalidade de Diamantina.

Em seu depoimento, questionado sobre as fantasias Ratin relata a Márcia Dayrell França Botelho, em fevereiro de 2019:

“Todas deram trabalho, mas a que mais ficou complicado foi a fantasia de JK em 2006. Eu já havia conversado com o dono do carro que é o Neném, para ver se ele animava sair na Banda com o carro e eu de Juscelino, no ano de 2002, que eram os cem anos de JK. Quando foi em janeiro de 2006 ele me ligou e perguntou se eu estava animado, que ele iria passar o carnaval aqui e se eu queria sair de JK. Na mesma hora falei: Vamos! 2006 era os cinquenta anos da posse de Juscelino. Ele já estava com algumas coisas prontas no carro. As bandeirinhas do Brasil e a placa estava fácil de arrumar, a fantasia de JK estava toda pronta, só estava faltando a máscara que eu não consegui. Só que eu liguei para um amigo em São Paulo e mesmo lá não estava achando. Mas achou um francês que morava no Rio de janeiro e fazia todo tipo de máscara. Aí ele me ligou e falou que tinha achado. E foi chegando o carnaval, eu ia ao correio para ver se a máscara tinha chegado e ela não chegava. No domingo de manhã cedo não tinha a máscara para sair na Banda. Desanimei, liguei para o Neném falando que não teria como sairmos, aí falou para eu sair sem máscara. Quando estou passando perto da Baiuca uma pessoa me chama e fala: Oh, chegou uma encomenda para você lá em casa. Fui na casa dele, tinham enviado a máscara para outra casa em meu nome. Aí peguei e não vieram só uma máscara, vieram dez. Achei engraçado, mas tudo deu certo”.
Em vídeo, trechos de seu depoimento.



























SAPO SECO É BOM, BOM, BOM, BOM, BOM! RECORDAR É BOM, BOM, BOM DEMAIS!




Vamos relembrar momentos e algumas figuras que marcaram a história desta Banda Fogosa e centenária que faz parte da memória e da tradição de Diamantina.

50 anos de alegrias ininterruptas com a Banda do Sapo Seco. Dilton Lemos, nascido em 13 de agosto de 1953, comemorou em 2019 esta marca histórica.

Relatos de sua trajetória como folião da Banda Fogosa do Sapo Seco em trechos da entrevista a Márcia Dayrell França Botelho em fevereiro de 2019.

 “O primeiro ano que eu sai na banda foi em 1968. Eu era de menor, mas eu cuidava do Sapo Sequinho. Eu, Luiz Carlos Rocha, já falecido, nós tomávamos conta do Sapo Sequinho. E como a gente mexia no Sapo Sequinho a gente podia sair na banda. Tem cinquenta anos que eu saio. Nunca faltei, saio todos os anos. Meus meninos quando completaram a maior idade, todos saem junto comigo e estamos aí até hoje [...]sair na Banda do Sapo Seco é uma coisa diferente. É muita alegria, os integrantes todos unidos e nós temos aquela famosa CaipSapo, né? O interessante é que as pessoas que você não conhece que é da banda e que vocês estão se vendo pela primeira vez cria uma amizade que não acaba. A gente passa a conhecer outras pessoas na concentração. É bom demais, quando acaba a gente chora, risos”.
Seu filho, Lucas Lemos, 26 anos, também integrante da banda herdou a mesma paixão e declarou:
“Um turbilhão de boas lembranças! Meu pai me carregava no colo. Eu brinco que qualquer lugar do planeta que eu esteja, no domingo e na terça meu coração estará em Diamantina, no Bloco do Sapo Seco”.
Publicação de trechos da entrevista com Dilton Lemos e do depoimento de Lucas Lemos, que se encontram no dossiê de registro da Banda Fogosa do Sapo Seco.