quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Distrito de Mendanha recebe Oficina de recriação do MODO DE FAZER DO BOLO DE ARROZ

Dia 21 de setembro de 2021, terça feira, a Associação dos Moradores e Amigos de Mendanha, AMA-ME recebeu a equipe do Setor de Patrimônio Cultural da SECTUR e a detentora do saber do Bolo de Arroz, para uma oficina de recriação do bem.
O dossiê de registro do Modo de Fazer do Bolo de Arroz, na delimitação da área de ocorrência, evidencia a produção do bolo na localidade de Mendanha, onde se lê:
Por meio das entrevistas realizadas para o dossiê de registro, fica evidente que a produção do Bolo de Arroz é realizada no município de Diamantina. Na construção do presente dossiê, foram encontradas referências a pessoas que fazem ou faziam o bolo nos distritos Sede, Mendanha e São João da Chapada. (SECTUR, 2014. p.195).
Posto isso, a recriação do bolo rememora o saber, instiga e possibilita a continuidade de sua produção pela comunidade.
A oficina seguiu as regras de vigilância sanitária (número reduzido de participantes, distanciamento durante a oficina, espaço arejado, utilização de máscaras pelos presentes e disponibilização de álcool gel).
Foi uma manhã muito produtiva e alegre. A comunidade recebeu a equipe com muito interesse e entusiasmo. 
A Presidente da AMA-ME, Sueli Antônia de Oliveira, agradeceu ao Prefeito Juscelino Brasiliano Roque, na pessoa de todos os servidores e relatou aos presentes sobre a história do bolo de arroz, no distrito de Mendanha. A partir de seu relato percebe-se que ela possui vivência com a produção do bolo, já que sua mãe o produzia, quando viva. Além disso, falou sobre a receita do bolo de sua mãe e como era distribuído na Festa de Nossa Senhora das Mercês. Ao final da fala convidou as presentes para produzirem o bolo na festa do ano que vem e distribuir na alvorada, momento onde, segundo ela, era distribuído o bolo aos romeiros.
Logo após, Ordália Assunção relatou sua trajetória com o bolo de arroz e colocou as mãos na massa ensinando a receita. Houve grande interesse das participantes, que questionaram sobre ingredientes, sobre o modo de fazer, pediram dicas e ao final todas relataram que irão experimentar fazer a receita. 
Discussões sobre o uso da abóbora e de batata doce na receita surgiram no decorrer da oficina. Sueli relatou que a receita original poderia usar batata doce, mas como era época de extrema pobreza usava-se abóbora como substituto, pela maior facilidade de acesso dos moradores da localidade.
A equipe da Diretoria de Patrimônio fez a entrega dos certificados para as participantes, e logo depois degustaram a iguaria num momento de descontraído bate papo e troca de saberes 







Nenhum comentário:

Postar um comentário